terça-feira, 17 de maio de 2011

Mandarim, escolas de futebol e a educação no Brasil

Estava em casa divagando nos pensamentos e sonhos mais absurdos, dentre estes, alguns voltados em beneficio do bem maior, um bem social, uma revolução educacional beneficiando os pequenos brasileirinhos que sonham em ser jogadores de futebol e, em busca deste sonho, esquecem as dificuldades sociais existentes no país que tornam o que é difícil em improvável. Em meio a meus devaneios maníacos de grandeza e incrível fé na política nacional que me faz questionar minha sanidade e me mantém alheio as religiões, já que ter fé nos políticos do Brasil já rouba toda minha energia e me impede de crer que, de acordo com o Mel Gibson, alguém foi surrado daquela maneira, traído, crucificado e ainda sim teria dito para que seu pai (Deus) os perdoasse; enfim, como dizia, em meio a meus devaneios escutei duas noticias importantes: A presidente Dilma aposta no crescimento das exportações brasileiras para a China e as dificuldades encontradas pelo jogador Obina em adaptar-se a vida na mesma China.
            Vamos nos permitir sonhar com um país onde não haja fome, desigualdades regionais gritantes, injustiça social, onde nossa educação seja de nível finlandês, que abominemos o jeitinho brasileiro de ser, a enormidade de feriados, onde atuar no setor público seja algo apenas para os desprovidos de ambição. Imaginemos! Neste contexto nossas escolas esportivas (que existiriam dentro das escolas convencionais é obvio!) ministrariam seus treinamentos, ou parte deles, em mandarim, complementando através da conversação a parte teórica estudada em sala de aula. Já que temos este nível avançado de educação esta claro que também somos evoluídos em técnicas de treinamento esportivos fazendo que nossos jovens desportistas tenham que escolher, precocemente, entre seguir a carreira de diplomata ou jogar futebol profissionalmente.
            Por que treinamentos em mandarim? A China é a atual potencia econômica do mundo e tende a seguir assim por pelo menos 30 anos; porque assim receberíamos um grande numero de chineses em nossas escolas, atraindo dinheiro ao país e nossos atletas migrariam para China com extrema facilidade, aliás a mesma que seria vista em empresas brasileiras e mundiais, de todos os tamanhos, que absorveriam inúmeros alunos, que por circunstancias alheias a nossa vontade, simplesmente não tornar-se-iam nem jogadores de futebol nem diplomatas, mas pelo domínio do mandarim, além dos conhecimentos elevados adquiridos em escolas brasileiras de nível finlandês, ingressariam com larga vantagem no mercado de trabalho “formal”. Não preciso dizer que trabalhadores qualificados que falem mandarim no atual mundo globalizado seriam disputados desde o exercito americano até a Al Caeda, mas optariam, é claro, por empresas com maior consciência social.
            Como disse inicialmente estes são pensamentos pretensiosos oriundos de uma mente megalomaníaca e com incrível fé nos políticos do Brasil, em suma; de um louco não diagnosticado por simples falta de médicos e instituições psiquiátricas no Norte do Brasil. E como sei disso? Acabei de ler alguns trechos do livro de língua portuguesa Por uma Vida Melhor, da coleção Viver, Aprender, adotado pelo Ministério da Educação (MEC) que diz ser válido o uso de frases como “Nós pega o peixe” ou “os menino pega peixe”. E eu, ainda, acho que deveríamos ensinar mandarim nas escolas de futebol do Brasil!  

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